nov-2015
Paisagismo e Sustentabilidade
Com o aquecimento do mercado imobiliário dos últimos anos e a crescente preocupação com a preservação ambiental, tem-se observado um aumento significativo na demanda por árvores nativas de porte desenvolvido (DAP – Diâmetro da Árvore à Altura do Peito – igual ou superior a 7 cm). Espera-se investimentos de grande envergadura para a área de infraestrutura urbana.
Paisagistas, empreendedores imobiliários, construtoras e os órgãos públicos têm procurado cada vez mais o uso de árvores nativas de grande porte, seja pela valorização a curto prazo que essas composições proporcionam ao ambiente urbano, ou pela certeza de que o uso de nativas pode colaborar de forma eficiente com a recuperação do equilíbrio do ecossistema local. Uma preocupação pertinente.
Segundo a EMBRAESP – Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio, nos próximos 04 anos, cerca de dez capitais e vários municípios ao redor das mesmas terão a infraestrutura urbana refeita, modernizada, ampliada, e conseqüente reforma paisagística implantada.
Atualmente, o mercado formal, constituído por viveiristas que cultivam de forma profissional árvores nativas de grande porte, que tem como objetivo atender o mercado de paisagismo, já apresenta um déficit de algumas dessas espécies. E esta situação deve piorar com o aumento da demanda mencionada acima.
É preciso urgentemente organizar esta demanda de modo a inibir o extrativismo, evitando as conseqüências desastrosas que esta ação traz à preservação de nossas florestas. A retirada de árvores adultas de seus habitats, significam a redução imediata de alimento e abrigo para a fauna local, com conseqüências prejudiciais ao equilíbrio ecológico das nossas matas.
Diante da preocupação com a preservação ambiental, a tecnologia também avançou bastante na tentativa de criar vários tipos de soluções, o que permitiu, dentro do paisagismo, o reaproveitamento de resíduos de outros processos.
O “green building”, por sua vez, passa pela utilização de energias alternativas, reciclagem de materiais e reuso da água para promover a sustentabilidade. Atento a esses conceitos, os paisagistas precisam desenvolver projetos que buscam soluções compatíveis com essa nova cultura e realidade.
Também é importante materiais que desempenham função ecológica, tais como: piso drenante com fibra de coco para minimizar enchentes; piso anti-impacto feito com pneu triturado para a prática de esportes, etc.
Essas são técnicas que, além de desempenharem funções específicas, contribuem ecologicamente para a sustentabilidade do paisagismo em novos projetos e novos empreendimentos.
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[…] para outras variedades de plantas. Também vai precisar de tiras de jornal, ou outro papel biodegradável (não utilize papéis plastificados) para a confecção dos […]